Aula de forró online do Nos Passos da Dança


Confira nossa primeira aula de forró online com um passo super charmoso de carinho na dama.


Ei pessoinhas dançantes!Começamos 2018 com uma super novidade: aula de forró online do Nos Passos da Dança! \o Depois de mais de um ano pensando e planejando esse projeto, finalmente começamos a gravar aulas de forró online para compartilhar com vocês um pouco do que a gente sabe.

Hoje, graças à internet, praticamente todo mundo tem acesso há muita informação bacana e dá pra aprender muita coisa (quem nunca digitou no Google ou no Youtube algo que queria aprender?). E por que não  aprender também a dançar com aula de forró online? Ps: o Ruan aprendeu muuuita coisa que ele sabe de forró vendo vídeos no YouTube.

Tentamos mostrar de forma bem direta e didática um movimento super gracinha que adoramos fazer: é um carinho na dama! Mas é claro que a ZUERA NEVERS ENDS e não podemos deixar de ser o que somos e fazer um pouco de palhaçada também...então, se não der pra aprender de primeira o passo, espero que dê pra rir um bocado! haha Confira nossa primeira aula de forró online:


Começamos com um passo intermediário, mas queremos fazer aulas de todos os níveis, estilos e também com o que quiserem ver e tiverem dúvidas. Portanto, fala pra gente aqui nos comentários o que achou, se teve algum dúvida ou o que quer aprender num próximo vídeo!

Veja mais aulas online de dança na nossa playlist de Aulas Online, clique AQUI.

Esperamos que gostem, curtam e compartilhem! E vamos dançar forró!😋

Dia Nacional do Forró: uma homenagem ao Rei do Baião


Veja nossa homenagem e conheça um pouco mais sobre a história do Dia Nacional do Forró, comemorado no dia do nascimento de Luiz Gonzaga.


dia nacional do forró luiz gonzaga


Olá pessoinhas dançantes forrozeiras! Hoje, 13/12, é uma data muito especial para todos nós, pois é comemorado o Dia Nacional do Forró! A data é uma homenagem ao nascimento de Luiz Gonzaga, Rei do Baião, que consagrou o estilo em todo Brasil. Instituída em 2005 pelo ex-presidente Lula, é uma forma de celebrar a música e a cultura do forró em todo Brasil e também por forrozeiros espalhados por esse mundão a fora.

E nós não poderíamos deixar de prestar a nossa homenagem ao Forró de uma das melhores formas que sabemos: mostrando como é a música, a dança, a festa e toda a cultura do forró em vídeo! Do jeitinho que a gente ama fazer. Curta só o nosso vídeo em homenagem ao Dia Nacional do Forró e compartilhe se você gostou e é forrozeiro de coração! <3



Gostou desse vídeo? Veja outros que produzimos de forró no nosso Canal no YouTube.

UM POUCO DE HISTÓRIA NO DIA NACIONAL DO FORRÓ


Luiz Gonzaga nasceu em Exú, Pernambuco, em 1912 e desde cedo se destacou ao tocar sanfona. Mas foi a partir de 1939, aqui no Rio de Janeiro, que começou a trabalhar mesmo com música e a divulgar os ritmos nordestinos, retratando as histórias do seu povo (injustiça, alegrias, sofrimentos, folclore etc).

Suas principais parcerias na composição das músicas foram Miguel Lima, Humberto Teixeira e Zé Dantas, nas décadas de 40 a 60. Característico pelos seus trajes típicos nordestinos, principalmente de cangaceiro. Luiz Gonzaga foi, e continua sendo, inspiração para artistas de todos os estilos. 

Quem quiser saber mais da história do rei do baião, ela é contada no filme Gonzaga, de pai para filho, de Patrícia Andrade. Tem também o documentário Luiz Gonzaga - Vida, Música e Conquistas da TV Assembleia Ceará.

MÚSICAS DE LUIZ GONZAGA


dia nacional do forró luiz gonzaga


Luiz Gonzaga gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções. Entre elas a que se tornou hino nordestino, Asa Braca. Outras de suas músicas marcantes são “Dança, Mariquinha”, “Dezessete e Setecentos”, Baião” e “Meu Pé de Serra”, “Juazeiro”, “O xote das meninas” e “Vem Morena”. Todo forrozeiro já ouviu um monte e conhece bem outras tantas.

Pedimos aos nossos seguidores nas redes sociais para falar qual a música de Luiz Gonzaga é a preferida deles. Segue abaixo a listagem das mais votadas com link para ouvir (porque a gente é demais né!).

Lista de músicas do Luiz Gonzaga para o Dia Nacional do Forró

Vida de Viajante (com seu filho Gonzaguinha. Emocionante!)

Mas é claro que faltaram muuuitas outras boas aí, então, para tentar ficar um pouco mais completa a lista, pedimos ao nosso Dj do coração, DJ Kalango, fazer um set de músicas de Luiz Gonzaga para divulgarmos aqui. Segue o link para download, é só clicar AQUI.

Bom, eu não sei vocês, mas depois de toda essa imersão sobre o Dia Nacional do Forró e Luiz Gonzaga, meus pezinhos agora estão coçando pra ir dançar um forrozim. E tem jeito melhor para comemorar esse dia?! 

Fonte: http://www.palmares.gov.br/archives/40034

Quer ler mais sobre forró? Veja algumas matérias que escrevemos clicando aqui.

Dança Terê 2017: os melhores profissionais de dança de salão num só lugar

Saiba como foi a 4ª edição do Dança Terê, os workshops e apresentações dos melhores profissionais de dança de salão do Brasil


O que dizer desse evento que eu acabei de conhecer, mas já considero pakas?!haha Essa famosa frase dos depoimentos de Orkut encaixa certinho na sensação que tivemos após fazer a cobertura do Dança Terê 2017, em Teresópolis. Apesar de já acompanhar à distância, foi nossa primeira vez no evento e já estamos apaixonados esperando pela próxima edição.

dança terê 2017
A energia do Dança Terê é incrível! Desde a equipe organizadora que além de super competente e organizada, é pra lá de animada e transborda alegria, se divertindo muito durante o evento, apesar da responsa. Os bolsistas também foram sucesso. Todos muito atenciosos e empolgadíssimos em ajudar. Os profissionais de dança então nem se fala, é muito talento e técnica reunida em um só lugar. Toda aula era descontraída, animada e empolgante. Você sai de um evento desse tendo mais certeza que a dança é mesmo transformadora!

Para sentir como foi a energia do Dança Terê 2017, confira o after movie que produzimos mostrando os melhores momentos:



Workshops do Dança Terê 2017


Geeente, pensa num lugar só com OS MELHORES profissionais de dança de salão do Brasil. Foi muita loucura! Vimos (mas não conseguimos participar infelizmente. Ossos do ofício!) aulas dos melhores profissionais de cada estilo, os especialistas mesmo em bolero, samba, zouk, samba funkeado, forró, bachata, kIzomba, salsa e outros. E mais: uma aula pra lá de especial do carismático e talentoso mestre Jaime Arôxa. Um show à parte!.

O mais legal é que tinham aulas para todos os níveis de pessoinhas dançantes. Os workshops eram divididos em 3 salas: iniciante, intermediário e avançado. E os congressistas podiam escolher qual das 32 aulas fazer a cada rodada. Isso durante os 3 dias de evento. Ou seja, você podia fazer uma aula de samba avançando e logo depois uma de bachata iniciante.

No final de cada workshop, além do muito conhecimento, a gente ainda assistia ao improviso do casal de professores mostrando o conceito ou movimento daquela aula. Veja abaixo alguns deles:

Leo e Robertinha – Improviso SAMBA FUNKEADO



Ana e Luiz –Improviso FORRÓ PÉ DESCALÇO


Anderson e Brenda – Improviso ZOUK


Chocolate e Ana – Improviso SAMBA



Confira os demais improvisos do Dança Terê 2017 no nosso canal no YouTube.

Os bailes do Dança Terê 2017


Quando eu disse que a equipe do Dança Terê arrasa, eu não tava brincando. Os bailes estavam simplesmente MA-RA-VI-LHO-SOS! A decoração, estrutura, organização, tudo nota mil! Na sexta, foi um baile à fantasia temático de astros do cinema (veja abaixo algumas fotos). Com dois ambientes: um latino, com a banda Mano a Mano e outro de dança de salão. Já no sábado, foi a noite do preto e branco, um baile de gala com a banda Alto Astral. Os djs eram o Dj Chan e Dj Rapha [link].
dança terê 2017
Créditos: Cobertura Dance a Dois.

dança terê 2017
Créditos: Cobertura Dance a Dois.



dança terê 2017
Créditos: Cobertura Dance a Dois. 

dança terê 2017
Créditos: Cobertura Dance a Dois.
Nos dois dias de baile também tiveram apresentações de dança dos profissionais que participaram do evento. Se os improvisos já foram maravilhosos, imaginam a coreografia. Confira alguma delas e babem:

Jaime Arôxa e Monique Marculano - BOLERO


Laura Piano e Rodrigo Piano - BACHATA


Fernando Schellenberg e Nayara Melo - SALSA


Chris Brasil e Paula Penteado - ANGOLA MIX

Sheila Aquino e Marcus Lobo - SAMBA



Assista as outras apresentações do Dança Terê 2017 no nosso canal no YouTube.

É claro que já estamos à mil trabalhando no after movie do evento pra conseguir mostrar mais e melhor para vocês como foi o Dança Terê 2017. Aguardem!  [Atualizado em 08/01] Finalizamos o after movie e inserimos no início deste post! Curtam, comentem e compartilhem! \o

Como é um festival de forró pé de serra



Saiba como é o local, a estrutura, acomodações, as bandas, as danças e as pessoas que participam de um festival de forró pé de serra.

festival de forró pé de serra

Ei pessoinhas dançantes e forrozeiras! Hoje vim matar a curiosidade de muitos que estão entrando agora no mundo do forró e querem saber COMO É UM FESTIVAL DE FORRÓ PÉ DE SERRA. 

Quem já é viciado frequentador de forró, aqueles que o mosquitinho do forró já picou, está sempre por dentro dos festivais de forró que rolam pelo Brasil a fora. E todos gritam de boca cheia que é simplesmente MARAVILHOSO! Mas quem ainda não foi em nenhum fica cheio de curiosidade para saber exatamente como é um festival de forró pé de serra: a estrutura, os locais, as bandas, enfim, o clima mesmo do evento. 

Por isso, eu aproveitei o Festival de Forró de Aldeia Velha deste ano (no qual eu e Ruan estávamos cobrindo!) para mostrar pra vocês como é, afinal, essa parada. E já adianto que: é SENSACIONAL MEXMO!haha Se você já tinha vontade de ir antes, agora vai ficar com mais vontade ainda haha

Como é um festival de forró pé de serra


No resumo da ópera do forró, um festival de forró pé de serrá é isso aqui oh:

- Local: cidadezinhas mais afastadas dos centros urbanos ou sítios
- Acomodação: prepara a barraca e o repelente
- Alimentação: comida não falta aqui (no Festival de Aldeia é 24h de comida self-service), bebida muito menos né?!
- Ambiente: three little birds mode on. Mato, rio, cachoeira, sombra e água fresca.
- Shows de bandas e djs: apenas os fodas de vários lugares do país
- Pessoas: super abertas, simpáticas e alegres. Você sai de um festival com mais uns 10 amigos do peito, pelo menos. E com casa pra ficar em vários lugares do país, ou até mesmo, do mundo.
- Dança: prepare os pezinhos e a abra a cabeça. É muuuuita dança, de manhã, de tarde, de noite, de madrugada. No salão, no camping, no rio, na cachoeira, na fila do banheiro rs. Vários estilos super diferentes e bacanas de conhecer.

É ou não é viciante?! 
Confira o vídeo da matéria completa e entenda todos esses detalhes:



Festival de Forró de Aldeia Velha 2016


No ano passado, quando eu fui para o Festival de Forró de Aldeia Velha (e fiquei com o Ruan, começando nossa história <3 ), fiz uma matéria falando exatamente desses detalhes do festival. Como cheguei até lá, o camping, alimentação, banheiros etc. Confira a matéria do ano passado também. 

IV Dança Terê: turismo dançante em Teresópolis


Os melhores profissionais de dança de salão do Brasil juntos num final de semana fantástico em Teresópolis. Se preparam para o IV Dança Terê!


Ei pessoinhas dançantes do meu coração! Estamos com mais um evento na agenda para fazermos a cobertura: o IV Dança Terê, que acontece nos dias 3, 4 e 5 de novembro (pós-feriado de finados) lá em Teresópolis.

O Dança Terê já é um evento consagrado no meio da dança de salão e eu já ficava babando vendo os vídeos das apresentações todos os anos. Eram sempre os melhores profissionais, só gente f0da e uma energia incrível. E, após trabalhar com a Andrea Mello no For All A Festa (veja tudo que rolou no evento neste post aqui), tivemos a oportunidade de estar juntos novamente no Dança Terê. E eu to como?! Amaaando!

Claaaro que fizemos aquele vídeo chamado para mostrar tudo que espera por vocês, confira aí:



IV DANÇA TERÊ: VEJA TUDO QUE VAI ROLAR ESSE ANO


Para celebrar a sua 4ª edição, o Dança Terê esse ano está ainda mais maravilhoso! Os melhores professores de dança de salão do Brasil, vários estilos de dança: samba, forró, bolero, tango, batchata, zouk e muito mais. E a participação especial do mestre Jaime Arôxa! Confira todas as atrações:

IV dança terê dança de salão Teresópolis


Quem é amante da dança de salão e quer aprimorar sua dança não pode ficar fora desta festa! E quem está procurando uma oportunidade para aprender a dançar e ainda curtir um feriado gostoso em Terê, também já tem o seu lugar!

Nós, com certeza, estaremos lá e mostraremos tudo para vocês nas nossas redes sociais. Se você ainda não nos acompanha, a hora é agora: Facebook e Instagram do Nos Passos da Dança.

Saiba mais informações no site do evento: http://www.dancatere.com.br
Ou diretamente com as organizadoras: Andrea: (21) 99621-0098 ou Máyra: (21) 99702-9218.

A dança para deficientes: inclusão social dançante


Os benefícios vão muito além dos físicos e mentais. A dança para deficientes é uma questão de aceitação na sociedade.


Ei pessoinhas dançantes! Hoje vim falar sobre a DANÇA PARA DEFICIENTES, um tema super interessante e que tem tudo a ver com duas coisas que acredito muito: a inclusão social e os benefícios físicos, mentais e sociais da dança!

A sugestão de pauta veio da querida Adriana Franco, professora de dança de salão na escola Arte em Movimento Danças de Salão, de Juiz de Fora. Ela desenvolve projetos de dança para deficientes e me mostrou um pouco do seu trabalho. Achei incrível e tive que vir aqui compartilhar com vocês.
dança para deficientes
Projeto Inclusão Quintal Mágico no qual a professora Adriana Franco ministra aulas de dança para deficientes. Créditos: foto divulgação.

Ao começar a pesquisar sobre o assunto e ver o trabalho dela, lembrei do Davi Marques. Um amigo, aluno, colega de escola e filho de uma das minhas professoras de dança de salão, a Silvana Marques, da Estação Cultural, também da terrinha. Por isso, a chamei para participar da matéria e falar um pouco sobre a dança para deficientes. Não só como professora, mas, principalmente, como mãe.

dança para deficientes
Davi Marques e Silvana Marques em um dos bailes da Estação Cultural. Créditos: foto divulgação.

Pessoas com deficiência: o que é? De quais tipos de deficiências estamos falando?


De acordo com a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência – ONU (Organização das Nações Unidas) de 2006, “as pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual (mental), ou sensorial (visão e audição) os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. Ou seja, são pessoas com dificuldades tanto físicas, quanto mentais e, muitas vezes, consequentemente, sociais.

Portanto, atividades que estimulem o lado físico, intelectual, sensorial e mental são excelentes. Ou seja, A DANÇA! E foi assim que a Adriana Franco resolver trabalhar com essas pessoas, pois sentia neles uma vontade grande de se expressar. “Posso ajudar eles de alguma forma e vai ser com a dança!”, pensou ela. Adriana fez o curso de Extensão de Dança para cadeirantes na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e outros particulares com deficientes professores de dança. Depois, passou a dar aula nos projetos Voluntário de Inclusão Quintal Mágico e Projeto Dança Inclusão.

Já Silvana, até o nascimento do Davi, não tinha contato nenhum com o mundo da deficiência e se viu num universo paralelo quando o ele nasceu: “a gente coloca uma cortina e tampa, e essas pessoas tornam-se invisíveis mesmo. E quando ele [Davi] nasceu, meus olhos se abriram para esse universo”, comenta ela.

Por ser dançarina e professora de dança há mais de 30 anos, imaginei que uma das primeiras atividades que ela iria inserir o Davi seria a dança, naturalmente. Mas ela contou que não foi bem assim. “Na verdade eu não pensei na dança, ele foi vendo a minha prática de vida. Eu só fui pensar em dança para o Davi quando eu já o vi dançando”, conclui.

Como são as aulas de dança para deficientes?


O envolvimento natural do Davi mostra que não necessariamente toda pessoa com deficiência tem que ter um processo específico para se aprender a dançar. Na verdade, segundo as duas professoras, cada deficiência é tratada de forma diferente, pois cada uma tem o seu limite. Eles são como qualquer aluno, independente de ter deficiência ou não, cada um tem seu grau de facilidade ou dificuldade na dança, assim como seu tempo de adaptação. E nas aulas de dança a gente sempre busca entender as limitações do aluno e tenta adequar parte do processo para ele. 

Mas é claro que muitos casos pedem metodologias específicas, como no caso dos deficientes físicos. Adriana comenta que as técnicas variam de acordo com a deficiência e o grau dela. E que o recomendado é entender a fundo a deficiência de cada aluno antes de começar o trabalho. Conversar com o fisioterapeuta, médico ou psicólogo do aluno para sabe até onde ele pode ir fisicamente e também como pode ser ajudado na parte psicológica.

dança para deficientes
Aluno do Projeto Inclusão Quintal Mágico no qual a professora Adriana Franco ministra aulas de dança para deficientes. Créditos: foto divulgação.

dança para deficientes
Professora Adriana Franco e seu aluno do Projeto Inclusão Quintal Mágico. Créditos: foto divulgação.
“Por exemplo, no caso cadeirantes existem os que têm lesões leves e outros que têm graves. Os cadeirantes, dependendo da lesão, se for grave, somente usam a cadeira elétrica. Trabalho o que ele consegue fazer com cuidado para não provocar lesões piores e faço ele descobrir formas de se movimentar na música e usando o que pode como braços, cabeça, etc.”, explica Adriana.

Assista ao vídeo do casal de alunos da Adriana, Rose Vieira (cadeirante) e João Batista Vieira, de aulas particulares e do trabalho de conclusão do curso de extensão na UFJF. Vejam as possibilidades da dança nesse caso.



Na minha conversa com a Silvana, ela observou algo que achei incrível. Falando dos deficientes mentais, como o caso do Davi, ela diz que sente que o corpo deles é mais livre, se expressam mais. “No sentido deles não terem muita idealização, então você trabalha com uma vibe primária. Há muita mitificação do método, ele é um só, você conhecer a pessoa e ir no limite dela”, pontua ela.

O desafio da dança para deficientes 


Se ensinar por si só já é um desafio (eu já percebi pelo pouco tempo que dou aula!), imagina trabalhar com pessoas com deficiências, com as quais é preciso ter todo um cuidado físico e psicológico?!A professora Adriana diz que, no caso da deficiência física, o principal desafio é fazer com que eles não ultrapassem seus limites e causem lesões, pois são tão determinados quando gostam da aula que podem se empolgar demais.

A coordenadora pedagógica, Elizabete Dutra, do Projeto Inclusão Quintal Mágico Juiz de Fora, associação que trabalha com adultos com deficiência e no qual a professora Adriana ministra aulas voluntárias, comenta sobre os benefícios das aulas de dança para deficientes. Segunda Elizabete, depois que os alunos começaram as aulas de dança o estresse diminuiu, a concentração ficou melhor e eles ficaram mais tranquilos. "Com toda sua experiência didática, a Adriana soube lidar com as diferenças, valorizando em cada aluno o seu potencial. A dança passou a fazer parte da vida do aluno, trazendo alegria e bem estar. Fazendo eles se sentirem livres e conhecerem o próprio corpo", comenta a pedagoga.

Assista ao vídeo das aulas no Projeto:



Já Silvana comenta que sempre acreditou que o caminho do Davi seria em qualquer atividade física e sempre trabalhou com vários tipos na vida dele. Na dança, ela diz que o Davi é muito criativo e que a cada aula é importante para ele. Como exemplo, ela comenta que as aulas que ele tem feito no Pé Descalço Juiz de Fora estão sendo fundamentais para dar disciplina a ele.

A importância da dança na vida dessas pessoas


A dança para deficientes é tão encantadora quanto para nós. Mas acredito que para eles tem um peso maior de superar limites que talvez fossem improváveis a outros olhos. Não só o limite físico, mas também o social.

Eu conheci o Davi no meio da dança e não teve um dia que não o vi sorrindo dentro da escola ou nos bailes. Nos últimos tempos, nas aulas do Pé Descalço, o Davi se tornou parte de nós, sempre compartilhando a mesma energia. Ele está junto conosco em todos os treinos e com a mesma vontade de passar no exame, com o mesmo gás e animação. Não preciso nem dizer o quanto a dança com certeza é essencial na vida dele.

dança para deficientes
Dani comemorando sua aprovação no exame da escola Pé Descalço Juiz de Fora. Créditos: Nos Passos da Dança.


Adriana comenta que os benefícios da dança para deficientes são muitos, gradativos e visíveis tanto para o aluno, quanto para a família. Pois além de uma atividade física, também é uma forma de inclusão na sociedade, fazendo as pessoas entenderem que todos tem direito à dança.

As duas professoras destacam e corroboram o que eu observei, a dança ajuda na inclusão social. “A dança na vida do Davi é um local de muita autoconfiança e respeito. Na dança ele conseguiu se inteirar de forma muito positiva. A dança significou essa aceitação social além da sala de aula”, expõe Silvana.

E assim como Silvana mesmo me ensinou e relembrou na nossa conversa: a dança é uma forma de expressão e de comunicação poderosíssima. Ter consciência e dominar seu próprio corpo, tenha ele deficiência ou não, é sensacional. Por isso, a conclusão disso tudo é que DANÇAR NÃO TEM LIMITES E É, REALMENTE, PARA TODOS!

Davi Marques com todo sua doçura posando para as lentes do Nos Passos da Dança.


Festival de forró em Juiz de Fora: For All A Festa

O For All A Festa se consagra entre os festivais de forró como um evento diferenciado e realmente para todos.


Um Festival de forró em Juiz de Fora! Quem diria que um dia minha terrinha ia ser palco de um evento tão diferenciado e lindo. O For All A Festa, aconteceu em agosto e, nas mãos da organizadora Andrea Pereira (organizadora do Dança Terê) com participação na equipe de Weslley Moreira, Walace Santos, Ismar Serqueira, Mayra Gabriel, Faier Farias, Léo Moreno e Willian Agassis, se consagrou como um evento de extrema qualidade, que mostrou a todos a verdadeira cultura do forró

festival de forró em Juiz de Fora
Toda a galera reunida no baile de sábado. Créditos: Baila Mundo.


Confira o vídeo after movie que fizemos mostrando os melhores momentos do evento e trazendo pra vocês toda aquela energia boaaa que sentimos lá:



FESTIVAL DE FORRÓ EM JUIZ DE FORA – FOR ALL A FESTA

Com formato totalmente diferente do que temos presenciado (e mostrado aqui para vocês), o For All aconteceu no Green Hill, um dos melhores hotéis da cidade, e mesclou a divulgação do conhecimento técnico de dança (típico dos congressos de dança de salão), com os shows e a festa das bandas e da cultura do forró (que normalmente encontramos mais nos festivais de forró do sudeste que frequentamos). E essa era um dos objetivos do evento: “temos que unificar dança e música, eu acho muito importante”, comenta Andrea.

Para os workshops de forró, tivemos os melhores professores do Brasil, representando estilos de se dançar forró diferentes (vou falar mais abaixo sobre cada um deles). Os shows também foram diferenciados, com as melhores bandas do cenário de forró pé de serra: Trio Rapacuia, Nando Nogueira, Marcelo Mimoso, Conterrâneos, Trio Dona Zefa e Trio Nordestino, além das atrações locais, Trio Só Forró e o dj do evento, DJ Kalango.

festival de forró em Juiz de Fora
Os professores que ministraram workshops de forró no For All A Festa. Créditos: Baila Mundo.

Festival de forró em Juiz de Fora
Trio Nordestino no churrasco de domingo do For All A Festa. Créditos: Baila Mundo.
Festival de forró em Juiz de Fora
Mimoso e banda no baile de sábado do For All A Festa.

Festival de forró em Juiz de Fora
Trio Dona Zefa no baile de sábado a noite no For All A Festa.
Além da diversidade de atrações e do formato diferente, outra característica marcante do evento foi a infraestrutura e organização, que foi de extrema qualidade. A estrutura do local dos workshops, hospedagem, alimentação, o som, tudo feito para uma experiência realmente gostosa...assim como dançar forró.

FESTIVAL DE FORRÓ EM JUIZ DE FORA: VÁRIOS ESTILOS, RITMOS E PROPOSTAS


A proposta primária do evento era realmente mostrar que o forró é para todos: todos que gostam de dançar, todos que gostam de ouvir a música, todos que amam essa cultura nordestina! Através, principalmente dos workshops, o evento conseguiu mostrar como a cultura do forró é muito rica e diversificada. São vários estilos dentro do ritmo forró, várias formas de dançar, várias formas de ensinar. Cada workshop de forró vindo de um canto do país, professores com vivências distintas, metodologias diferentes e estilo próprio, simplesmente os melhores.

Como disse o próprio padrinho do evento, o objetivo do For All A Festa era que as pessoas “tivessem contato com diversas possibilidade de dançar forró”. E com certeza isso foi alcançado! Veja abaixo um pouco sobre cada workshop de forró:

GILBERTO PAIXÃO – FORRÓ NORDESTINO/PÉ DE SERRA/ROOTS


Com anos de experiência em forró, o professor Gilberto Paixão esteve presente no Festival de Forró em Juiz de Fora mostrando o seu estilo próprio, que tem base no forró tradicional, mas com uma mistura gostosa de elementos do forró nordestino (movimentos de quadril), as sacadas de pernas (hoje consideradas oriundas do estilo Itaúnas/roots, mas que veio muito do tango, como ele mesmo comenta) e movimentos de giros (oriundos principalmente do pé de serra).

Nos seus workshops, Paixão trabalhou muito os movimentos e posturas de base, além de giros no eixo e musicalidade. Veja a apresentação do professor e curta um pouco a energia da sua dança. Afinal, Gilberto transmite mesmo o seu famoso jargão “Quem dança, é mais feliz”.


MILENA E VALMIR - FORRÓ PÉ DESCALÇO


Nossa escolinha do coração não podia ficar de fora de um Festival de Forró em Juiz de Fora, né?!O Pé Descalço foi representado por Milena e Valmir, uns dos melhores dançarinos da escola. Apesar de ter pouco tempo de existência, se comparado à outras escolas e estilos, e por ser formado por professores bem mais jovens, se comparado aos das escolas tradicionais de dança de salão, o Pé Descalço hoje virou mais que uma escola de forró, é considerado um estilo de se dançar forró. 

O Pé Descalço é muito reconhecido pelos movimentos de braços, giros soltos e por dançar músicas extremamente rápidas. Mas o estilo tem várias outras características de dança que o tornaram mundialmente conhecido, como: mistura de movimentos de outros estilos (sobretudo a salsa, o samba e o zouk), conceitos de leveza, musicalidade e agilidade.

Vejam o improviso no final de uma das aulas do For All A Festa e entendam por que somos realmente apaixonados por esse estilo <3


DAIARA E JURUNA - FORRÓ ESTILO ITAÚNAS (ROOTS)


Um dos estilos mais procurados ultimamente: o estilo de Itaúnas, muitas vezes também chamado de roots, está super em alta. E o workshop dos pais dos estilo, Daiara Paraíso e Márcio Juruna era um dos mais esperados. E não é atoa, o forró de itaúnas/roots é realmente muito legal e divertido de dançar, além de ser extremamente desafiador (pra não dizer difícil rs).

O estilo de forró Itaúnas é tipicamente conhecido pelas jogadas e sacadas de pernas, que, diferente do samba, não são “tiradas” propriamente com a perna, mas sim com condução de tronco e braço. A agilidade nas pernas deles é surreal, principalmente em músicas rápidas. Eu e Ruan somos fãs demais do estilo e buscamos aprender para incrementar na nossa dança. E agora depois de conhecer esses dois, super humildes e de alta qualidade, viramos ainda mais fãs!

Olha que irado o improviso deles no Festival de Forró For All A Festa:


KUQUE  E MARCELA - FORRÓ ELETRÔNICO


Falando em virar fã....gente, para tudo! Eu fiquei simplesmente ENLOUQUECIDA DE ENCANTADA com esse casal, Kuque e Marcela. Além de lindos (ela então, nem se fala né?!), simpáticos, super didáticos e técnicos, eles me fizeram quebrar um preconceito que tinha sobre o estilo forró eletrônico. Apesar de nunca discriminar qualquer dança, eu achava simplesmente engraçado esse estilo de dançar forró, parecia mais zoação do que dança...mas QUEEE?!!! Haja técnica pra dançar que nem eles, tá?! Agora eu digo com todo orgulho do mundo que eu ADORO O FORRÓ ELETRÔNICO. Mas preciso muito aprender a dançar primeiro haha

Se tem uma característica marcante no forró eletrônico é, sem dúvida, a energia! Que ritmo gostoso e contagiante, não dá pra ficar parada e não tentar mexer o quadril haha O estilo, assim como vários todos, mistura alguns movimentos de outras danças, sobretudo a batchata, zouk e salsa. 

Segurem o queixo para ver o vídeo deles dançando no For All a Festa:


DAMYLA E MARCELO GRANJEIRO - FORRÓ DE GAFIEIRA E AÉREOS


Todo mundo diz que forró é uma dança super gostosa de se dançar, juntinho e coladinho, delicinha, né?! Pois é bem isso que os professores e padrinhos do evento For All A Festa, Damyla Maria e Marcelo Granjeiro, passam nas suas aulas. Que a curtir a DANÇA é o mais importante,  se deixar levar pela música e aproveitar as técnicas no momento certo.

De forma extremamente didática, eles mostraram como movimentos aparentemente básicos podem ser aproveitados de maneiras diversas, usando outros tempos, outro corpo e principalmente a musicalidade. Olha que delícia de ver os dois dançando juntos, que conexão! (Estou atrás da versão dessa música, quem souber me manda aí, pleeeease!).


Além disso, eles ministraram um dos workshops mais esperados do evento, o de passos aéreos. E levaram toda a didática, técnica e paciência para essa aula que foi simplesmente demais! Diferente do que muitos imaginam (e tentam), passos aéreos não é simplesmente jogar o outro pra cima e fazer piruetas (não, não é o mortal do Ruan!rs). Requer muita consciência corporal, do parceiro e dos movimentos que vão ser executados. Por isso, os exercícios do workshop foram voltados para trabalhar o corpo e prepará-lo para os movimentos aéreos no forró.

GLEDSON E LETICIA – MUSICALIDADE NO FORRÓ


Os professores da Cia da Terra, Gledson e Leticia, ministraram uma das aulas mais bacanas do evento, de um conceito que acho extremamente importante e no qual todos os professores deveriam focar sempre: MUSICALIDADE! Porque o que adianta fazer um monte de movimento tudo fora do ritmo, amigo?! Me ajuda aí, né?! E eles ajudaram e fizeram um workshop incrível explicando e trabalhando o conceito, com exercícios simples de teoria musical. Foi realmente muito interessante!

E veja aplicação da musicalidade na dança e vai me dizer que não é outra belezura de se ver!


Esse foi o For All A Festa! Espero que tenham conseguido sentir um pouco do gostinho do evento. E que tenham gostado e se animado, porque em 2018 tem mais!